Esta é a história de quem, no momento mais árido da vida, se surpreende com a manifestação ainda de uma alegria. Uma alegria complexa, até difícil de aceitar, mas que comprova a validade do ser humano até ao seu último segundo. "A máquina de fazer espanhóis" é uma aventura irónica, trágica e divertida, pela madura idade, que será uma maturidade diferente, um estádio de conhecimento outro no qual o indivíduo se repensa para reincidir ou mudar. O que mudará na vida de antónio silva, com oitenta e quatro anos, no dia em que violentamente o seu mundo se transforma? (Goodreads)
Vamos começar o debate sobre esse lindo livro do Valter Hugo Mãe?
Participantes do mês:
. Vídeo da Gabriela, do canal Viver pra ler:
A máquina de fazer espanhóis - Valter Hugo Mãe
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Oi gente, ainda vou passar aqui com mais tempo e menos tristeza. Porque tenho uma relação muito delicada com a velhice e isso mexe demais comigo, eu tinha tanta coisa pra falar sobre o livro no vídeo, mas se começasse não ia chegar no final....rs
ResponderExcluirMeu pai completa 80 anos na próxima quinta-feira, dia 27 e como ele sempre foi mais velho que os avós dos meus amigos, essa questão da idade sempre foi algo muito presente pra mim, sempre tive um medo imenso de perdê-lo. Fico feliz por tê-lo por perto, saudável apesar das limitações que a idade vem trazendo. Meu pai está passando uns dias aqui comigo e agora que foi jantar com a minha irmã tenho vontade de ficar ligando pra saber como ele está....rs
Sei que isso não é sobre a leitura, mas é o que essa leitura está me trazendo agora, desculpem por abusar do espaço.
Sobre o livro eu amei essa leitura, a escrita do VHM só me incomodou nos dois primeiros capítulos, depois engatei na leitura e fluiu belamente. Chorei em muitas partes, mas como já foi comentado acima há tantas partes lindas que falam de amizade, cumplicidade e sabedoria que no final das contas não foi um livro triste.
As considerações do Sr.Silva sobre a velhice e a morte são incríveis, no começo eu o achei muto sábio. Depois que ele vai se "tornando" mais humano, quero dizer, agredindo a senhora, com raiva de alguns companheiros no asilo, fazendo a filha sofrer de propósito e amaldiçoando o filho, ao invés de me afastar do personagem, me afeiçoei ainda mais a ele. Porque ele pareceu mais real.
Uma parte que foi bem forte pra mim foi quando passei a perceber a diferença dos seus pensamentos conforme os anos foram passando, que queria dizer que ele estava envelhecendo, que a morte estava próxima. Liguei isso ao título, porque me pareceu que o espanhol que chega no Feliz Idade está ligado à loucura, então pra mim era como se o asilo e a velhice fosse a Máquina de Fazer Espanhóis, a máquina de fazê-los loucos ou menos sãos.
Já comprei outro livro do autor, estou apaixonada pela narrativa dele que me pareceu tão real, crua e ao mesmo tempo poética. Que bom que foi um livro lido em conjunto com vocês.