Livro #10 Notre-Dame de Paris - Victor Hugo

Notre-Dame de ParisNotre-Dame de Paris é um inequívoco exemplo do poder da imaginação, da eficaz utilização de mitos medievais e da construção de uma obra que soube cair nas graças do público. Unindo história, aspectos grotescos, trama passional, a obra atinge patamares de excelência literária que deixam antever o Victor Hugo de obras tardias como Os miseráveis e O homem que ri. Importante destacar a discussão ensejada pelo autor sobre os valores de defesa do patrimônio urbanístico e arquitetônico, a começar pelo resgate da produção cultural da Idade Média. Victor Hugo nos apresenta uma Paris repleta de figuras ímpares, a começar pelo incontornável Quasímodo, que se tornaria uma das figuras mais conhecidas do legado literário universal. Também somos confrontados com uma série de locais singulares que a verve descritiva de Hugo faz compor um rico painel da metrópole francesa no século XV. (Goodreads)


 











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Notre-Dame de Paris (Victor Hugo) - Debate

2 comentários:

  1. Oi, Glaucia. Não sei se você vai ver esta mensagem. Eu sempre acompanho o estante literária e os fóruns. Sobre O Corcunda de Notre Dame. Para mim não existe dúvida que Hugo é mesmo um gênio, em dos grandes autores do século XIX e olha nessa época teve tanta gente boa que é difícil a gente selecionar. Sobre este romance eu fiquei surpreso, quando li. Confesso, que a edição que comprei da Estação Liberdade não me empolgou muito e deixei de lado. Recupere o interesse em ler a obra por meio de sua edição comentada e ilustrada pela Zahar. Que trabalho fantástico de editoração esta editora está fazendo! Ela conseguiu dar nova vida para os clássicos e os comentários enriquecem a leitura. Foi isso que aconteceu quando li a edição da Zahar de O Corcunda. As notas e os comentários me ajudaram a compreender melhor alguns aspectos da narrativa. Talvez, se tivesse lido a edição da estação liberdade não teria gostado tanto. Também achei a tradução de Jorge Bastos mais fluída que da outra edição. Para mim ele conseguiu preservar a ironia de Hugo que aparece em muitos momentos e também reproduziu a sua linguagem poética que eu acho que foi um feito e tanto e talvez isso não aconteça com a outra tradução (somente comecei a ler a edição da estação liberdade,mas acho que no conjunto a da Zahar é muito melhor). Enfim, fiquei totalmente envolvido pela trama. Conforme foi falado no fórum este romance segue um padrão de escrita do século XIX, mas mesmo assim se você perceber ele foge de outros romances da época. Os personagens não são maniqueístas e o autor comete a heresia de dar termina a história de forma trágica. Talvez isso tenha sido uma maneira que ele encontrou para demonstrar o apogeu e o declínio da Idade Média. Talvez, o problema é que associamos o romance a figura extraordinária de Quasimódo quando na verdade o personagem do romance é coletivo, assim como em Os Miseráveis. Sobre Esmeralda que foi muito criticada vou defendê-la: existe um simbolismo nela. Trata-se da personificação de uma beleza sublime impossível de ser alcançada. De certa forma ela é uma criatura etérea que remete a figura da mulher santa, pura (morre virgem) da Idade Média e Quasimodo tem adoração por ela que evoca o chamado amor cortês. O amor no livro aparece de três formas: carnal (Frollo), divino (Quasimodo) e paixão (Phebos), bem ao gosto do romantismo da época. Depois que terminei a leitura fiquei intrigado com a descrição de Frollo e fiquei com a impressão que ele também representa o homem do período dividido entre a religiosidade fervorosa e a lascívia. Também fiquei com a impressão que este personagem e o contexto religioso, principalmente, a inquisição pode ter exercido uma grande influência em Umberto Eco, pois vi muito pontos em comum entre O nome da Rosa e O corcunda. O que acha disso? Se quiser me responda principalmente sobre essa associação. Um abraço.


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    1. Oi Alessandro, como vai?
      Obrigada por vir, mesmo que tardiamente, compartilhar suas impressões de leitura. Não conheço essa edição da Zahar, apensa a vi na livraria e realmente eles estao fazndo um belo trabalho com os clássicos. Vc acha que houve uma modernoização da linguagem em relação a da E. Liberdade? Já leu Os Miseráveis?
      Acho que é bem isso que vc falou, esse livro pode parecer exagerado a primeira vista mas ele é extremamente simbólico. E de uma época da história por si só bem emblemática. Os personagens são quase caricatos.
      Li O Nome da Rosa há muito tempo, não me lembro muito do livro mas pode ter havido alguma influência sim, não saberia dizer. H.Eco é um grande estudioso especialmente da Idade Média, assunto pelo qual ele demonstra ter grande interesse.
      O fato é que esse livro, inegavelmente é inesquecível e está presente nop imaginário de todos, até de quem nubnca o leu.

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